Chegando na imigracao a fila ate que nao estava grande. Logo a nossa frente na fila um senhor com estatura de no maximo 1,50m e aparencia de duende falou conosco em uma lingua estranha(que acho que era hebraico pois vi que seu passaporte era israelense), respondi que so falava ingles e ele insistiu com a Claudia. A fila foi andando e chegando nossa vez, ja comecei a notar que os agentes estavam de mau humor, quem sabe talvez por ser tao cedo. Em um dos guiches vi o cara pedindo a carta da escola de uma brasileira que estava entrando com visto de estudante, a menina que nao aparentava ter mais que 20 anos nao entendeu nada e o cara comecou a ficar impaciente e de mais mau humor ainda. Pegou uma carta do agente vizinho, que estava no momento com outro estudante tambem, e falou bem grosso “isto aqui, eu quero ver cada o seu papel igual a esse”. A menina finalmente entendeu e so deu com os ombros, a fila foi andando e nao vi o desfecho da coisa toda, mas acho que ela conseguiu entrar. Fiquei entao torcendo para nao pegar esse agente que ja estava visivelmente aborrecido, mas nao eh que de uns 10 guiches fomos cair justamente no dele! O sotaque dele tambem nao ajudava, dava pra ver que era de algum lugar da India ou Paquistao, parecendo uma ironia estar trabalhando como agente de imigracao. Nao pediu para ver o dinheiro ou prova de fundos, apenas perguntou quanto traziamos e anotou. Como era de se esperar, pois ja estava irritado, foi bem seco e grosso e no final disse um “Welcome to Canada” quase inaldivel, sendo percebido somente por mim.
Saindo da imigracao, fomos pegar as malas, como ja foi dito por muitos, sem cartao de credito internacional ou moedas, nao tem como pegar os carrinhos no Aeroporto de Toronto. Detalhe que o Visa Travel Money nao funcionou para isso, entao tive que apelar pro cartao mesmo, $2 por carrinho, sendo que ao devolve-los a maquina retorna 25 cents. A unica outra opcao que vi sao uns carregadores que cobram, se nao estou enganado, $15 dolares nao sei se por um volume ou dois pois nao peguntei. Depois disso passamos novamente pela Customs, dessa vez a mulher conferiu o formulario que o primeiro funcionario preencheu de acordo com nossas respostas, fez mais algumas perguntas e depois pediu para ver a documentacao da Mei. Falou que nao poderiamos entrar no Canada com a racao trazida do Brazil e a jogou no lixo, depois disso emitiu um papel e me enviou ao caixa para pagar a taxa de entrada do animal. No caixa mais mau humor, quando entreguei uma nota de $100 para pagar os 30 e poucos dolares, ela perguntou se nao tinha dinheiro mais trocado e pedi desculpa respondendo que nao, ela fechou a cara e mandou um “whatever”.
No aeroporto ja pegamos uma pessima ma impressao de Toronto com essas “boas vindas”. La fomos nos pra fazer o check-in da conexao, quando a primeira pessoa simpatica em solo canadense nos atendeu, a funcionaria da Air Canada nao so disse que poderiamos levar a Mei na cabine novamente como tambem nos colocou no primeiro voo para Ottawa, que estava saindo em meia-hora. Havia marcado a conexao para 10h em caso de algum atraso, mas acabou que as boas intencoes da mulher nos levaram a outra correria. Corremos para o portao de embarque onde a fila da checagem de seguranca estava kilometrica, o tempo passava e achava cada vez mais dificil conseguir pegar o voo. Quando no raio-x pediram para esvaziar tudo da mochila da Claudia eu tive certeza que a vaca tinha ido pro Brejo, faltavam menos de 15 minutos pro aviao partir e nos la com o carinha checando objeto por objeto com a maior calma do mundo e eu tentando pensar num mantra zen e ja pensando em chegar la no embarque e nos colocarem no nosso voo mesmo. Quando o cara deu sinal verde para irmos embora, depois de nao encontrar nada suspeito obviamente, passamos pelo Carlos, Lidy e Levi que estavam tomando cafe da manha e nao deu tempo nem de despedir, acho que disse algo como “vamos pegar outro voo, estamos atrasados, tchau…”.
Corremos e conseguimos chegar a tempo, mas para quem acha que seria facil, a caixa de transporte da Mei nao cabia embaixo da cadeira. O aviao estava lotado, minha cadeira era de uma lado e a Claudia ficou do outro. Os passageiros eram em sua maioria executivos fazendo ponte aerea Toronto-Ottawa e eu la tenta o acomodar o transporte no chao. Chamei o comissario de bordo e ele fui com ele ate a porta do aviao, ele chamou alguem no rado encarregado das bagagens e tiveram que embarcar a Mei no porao mesmo. Pelo menos ele foi muito educado e prestativo, no final deu tudo certo. Os 45 minutos ate que passaram rapido e quase duas horas antes do previsto, estavamos pousando em Ottawa…
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